Corredor Luminoso no bloco Chama o Síndico | 📷: Gabriel Cortez
O Carnaval acabou, mas deixou rastros de luz, cor e arte. Entre blocos lotados, música e energia pulsante, seguimos somando com projetos que transformam Belo Horizonte em um grande palco a céu aberto. Do Corredor Luminoso ao graffiti no Carnaval da Liberdade, nosso compromisso com a arte urbana segue forte. Vem ver o que rolou!
Corredor Luminoso no Chama o Síndico
Depois do Show de Lasers no ano passado, a Pública repetiu a parceria com o bloco Chama o Síndico. Dessa vez, em colaboração com a Festa da Luz e o MIR Estúdio, criamos um corredor luminoso na avenida Afonso Pena, palco tradicional do bloco, que neste ano celebrou o tema Salve o Verde.
Os edifícios do trajeto, como o Acaiaca, e as árvores próximas ao Parque Municipal e ao canteiro central foram iluminados com um jogo de luzes programado e ritmado, acompanhando o som do desfile.
"Neste ano, com o tema Salve o Verde, exaltamos as árvores da cidade com uma iluminação especial, programada para pulsar em cores e ritmo. O objetivo foi chamar atenção para nossa natureza urbana, afinal, o desfile acontece ao lado de um dos principais parques de BH", explica Juliana Flores, diretora artística da Festa da Luz.






Corredor Luminoso
[Chama o Síndico]
Direção criativa
Festa da Luz e MIR Estúdio
Direção executiva
Pública, Híbrido e Dalila Bastos
Programação
MIR Estúdio
Patrocínio
Cemig e Governo de Minas Gerais
Realização
Chama o Síndico
Graffiti no Carnaval da Liberdade
Nosso Carnaval foi repleto de projetos. Em parceria com o Carnaval da Liberdade 2025, transformamos as avenidas Andradas, Amazonas e Brasil – que funcionaram como vias sonorizadas – em verdadeiras galerias a céu aberto.
Nossa fundadora e diretora criativa, Juliana Flores, assinou a curadoria de 12 artistas que criaram murais inéditos nas torres de áudio. Os nomes por trás dessas obras: Davi DMS, Ramar, Bolinho, Carolina Jaued, Gud, Fhero, Sodac, Marcos Ash, Fênix, João Gabriel, Zi Reis e Wanatta.
"Convidei artistas que representam a pulsante cena do graffiti de Belo Horizonte. Nomes consagrados, como DMS, Wanatta, Bolinho e Fhero, dividiram espaço com novos expoentes da arte urbana local, como Sodac e Zi Reis, trazendo seus traços e estilos únicos para representar a alegria e criatividade do Carnaval de Beagá. Carnaval também é arte, e foi incrível ver o Governo de Minas criando ainda mais espaço para as artes visuais nas vias dos grandes blocos da cidade", conta Juliana Flores.
Arte nas Águas de Minas em Montes Claros
A etapa de Montes Claros do Arte nas Águas de Minas foi um sucesso e já deixou saudades. Os artistas Bozó Bacamarte, Léo Caxeta e Bela Parada pintaram os três murais que compõem a quinta galeria de arte urbana do projeto. Para celebrar, lançamos um documentário sobre o processo de criação.
Mas ainda tem mais! Nossa próxima e última parada está chegando: Coronel Fabriciano, de 12 a 24 de março. A artista convidada Luna Bastos e os artistas locais Misticisco e Thiago Moska assinam os três murais finais dessa jornada.
O Arte nas Águas de Minas é um mergulho artístico na relação entre arte, água e natureza. Até março de 2025, o projeto levará 18 murais a reservatórios da Copasa em Minas Gerais. Com curadoria de Juliana Flores, seis artistas renomados e 12 talentos locais (selecionados por convocatórias) assinam as obras que conectam territórios, cultura e sustentabilidade.
Exposição "Caminhos Pretos" na Galeria Alma da Rua
De 10 a 16 de março, a Galeria Alma da Rua, em São Paulo, recebe a exposição "Caminhos Pretos", um mergulho na trajetória da arquiteta, designer e artista Michele Wharton. Em parceria com o DW! Design Weekend 2025, a mostra traz uma coleção única de almofadas bordadas, kimonos e seis bandeiras inéditas estampadas à mão em xilogravura. Tudo isso inspirado nas Molas panamenhas, uma tradição têxtil indígena vibrante e cheia de história.
Negra, latina e brasileira, Michele usa a arte têxtil para reconectar com suas raízes panamenhas e levar adiante a tradição das Molas Guna Dule, um patrimônio cultural passado de geração em geração por mulheres indígenas.
A exposição também conta com obras de Negrito, Negast, Mogle, Negana, Consp, Criola, Fluidez e Fabah.
"HighlightHer" de Hanna Benihound em Londres
Até 30 de março, a Granary Square, em Londres, vira palco para "HighlightHer", exposição ao ar livre da artista Hanna Benihound. Criada para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a mostra espalha 16 obras por bancos da praça, cada um contando a história de uma mulher ou de um grupo de mulheres, exaltando a beleza da vida cotidiana.
Hanna quer expandir o projeto e está chamando a comunidade para compartilhar histórias de mulheres marcantes, que ela pretende transformar em ilustrações.
Michelangelo Pistoletto indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2025
O artista Michelangelo Pistoletto, um dos nomes mais importantes da Arte Povera, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2025. Desde os anos 1960, o artista italiano vem transformando materiais simples em obras poderosas, sempre provocando reflexões sobre a sociedade e o consumo.
Uma de suas criações mais conhecidas é "Venere degli stracci" (Vênus dos Trapos), de 1967. A escultura contrapõe uma Vênus clássica a uma pilha de roupas usadas, criando um choque visual entre o ideal de beleza da Antiguidade e o descarte excessivo da modernidade. Confira o texto completo.
Polêmica na França: remoção de obras de Dan Graham
Duas obras do artista conceitual Dan Graham foram removidas das cidades francesas de Nantes e La Rochelle, e a notícia pegou seus herdeiros de surpresa. Em Nantes, o pavilhão, instalado em 1994 como parte de um projeto urbanístico, foi desmontado após anos de desgaste causado pelo clima e pelo vandalismo.
A decisão reacende um debate quente: como garantir a preservação de obras de arte em espaços públicos? Manutenção, responsabilidade e a importância do legado cultural estão em pauta. Leia mais.
VIII Seminário Internacional Arte!Brasileiros em Vitória
Nos dias 20 e 21 de março, Vitória, no Espírito Santo, recebe o VIII Seminário Internacional Arte!Brasileiros: Narrativas Contra-hegemônicas. O evento é um espaço para discutir e mapear práticas e discursos contra-hegemônicos no Brasil e no mundo, refletindo sobre o papel da cultura e da arte contemporânea nesse cenário.
Com uma programação gratuita recheada de mesas, workshops e seminários, o evento promete ser um ponto de encontro essencial para quem quer pensar arte fora da caixinha. Faça sua inscrição no site do evento.
Quando a Cidade Vira Playground
Arte e urbanismo podem andar de mãos dadas. No bairro Barona, em Milão, uma área de 800 metros quadrados antes ocupada pelo asfalto virou um espaço lúdico e seguro, pensado para os pequenos exploradores. Bancos, plantas trepadeiras, mesas de piquenique e até pingue-pongue agora fazem parte do cenário, mas o grande destaque fica por conta da galeria a céu aberto criada a partir das ideias das próprias crianças.
Com apoio da Netflix, o projeto nasceu de oficinas criativas que levaram os pequenos a imaginar novos mundos dentro de seu próprio bairro. A artista Camilla Falsini traduziu essa jornada no livro ilustrado Il Camminastorie – L’incredibile Viaggio di Endry il Serpendrago, que agora colore a praça com personagens vibrantes e narrativas visuais. Um urbanismo tático que não só transforma a cidade, mas também estimula novas histórias – dentro e fora das páginas. Saiba mais (em italiano).
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